Quando falamos da procura de um emprego, tem poucas coisas que são tão importantes e causam uma primeira impressão tão forte quanto o currículo.
Também conhecido como curriculum vitae — termo em latim que significa “percurso da vida” — ou pela sigla CV, o currículo é um documento que reúne as suas informações pessoais e profissionais mais importantes, com a intenção de apresentar essas informações de maneira direta e fácil para os seus futuros empregadores.
Por isso, um currículo bem elaborado e estruturado é uma das partes mais essenciais para garantir o seu sucesso profissional, seja no comecinho da carreira ou depois de várias experiências. E a notícia boa é: um bom currículo depende de vários fatores, e sempre tem um jeito de deixar ele melhor, independentemente da quantidade de experiências e qualificações.
Claro, um CV longo e bem recheado geralmente chama mais a atenção dos recrutadores, mas independente do seu conteúdo, um currículo bem montado pode ser o verdadeiro fator decisivo no alcance daquele “sim” tão esperado: ótimas qualificações colocadas de um jeito confuso (ou seja, o bom e velho “encheção de linguiça”) podem diminuir muito a eficiência do currículo, enquanto um design mais claro e organizado podem fazer com que todo aquele espaço “vazio” em um currículo se transforme em uma tela em branco para as novas oportunidades e aprendizados.
Quer saber mais sobre como montar um currículo que vai abrir as portas do mercado de trabalho para você? Então vem com a Galena que a gente vai te contar tudo, é só continuar lendo!
Design e estrutura
Antes de qualquer coisa, o melhor jeito de começar a entender como montar um bom currículo é pela estrutura e pelo design.
A maioria dos currículos segue uma ordem básica: informações pessoais, formação acadêmica e qualificações, experiências, e, quando necessário, destaques e informações extras. Essa ordem não é fixa e pode ser adaptada dependendo do que você precisar, mas é uma das mais comuns justamente por mostrar as informações em uma ordem que faz sentido e te introduzir para quem lê de um jeito mais claro e objetivo.
Já quando falamos de design, existem várias maneiras de montar um currículo. Geralmente ele é feito em editores de texto comuns, como o Word ou o Google Docs, todo escrito de maneira linear. E esse é um formato perfeitamente aceitável e funcional, afinal, é fácil de fazer e também de ser entendido. Para garantir que cada seção fique bem dividida e as informações mais importantes ganhem o destaque que elas merecem, você pode usar vários recursos desses programas, como negrito e itálico, títulos e subtítulos, fontes em diferentes estilos e tamanhos, etc.
Outra opção é usar um programa ou site que edite imagens e montar seu currículo de uma maneira mais elaborada, como por exemplo, com detalhes de design e cor. Sites como o Canva são gratuitos e já tem vários modelos pré-prontos que você pode editar e também personalizar, adicionando ou tirando elementos, mudando as cores e mais. Essa é uma ótima opção para quem quer expressar sua personalidade desde o início e dar um destaque extra no seu currículo, já que ele ganha uma cara única e personalizada. Só tome cuidado para não exagerar nos enfeites e esconder as informações!
E, claro, é válido lembrar que não importa qual o design do seu currículo, e nem o programa onde ele é feito: a sua maior prioridade na hora de entender como fazer um currículo bem elaborado deve sempre ser a simplicidade. Ele deve sempre ser legível, compreensível e objetivo — sem informações desnecessárias, sem enrolação… Nesse caso, menos é mais, e um currículo simples é muito mais efetivo.
O que colocar em: informações pessoais
Agora que você já entendeu um pouco mais sobre a parte do visual do seu currículo, vamos para a parte real da coisa: o que colocar em um currículo.
A primeira seção geralmente é a de informações pessoais, ou seja, aqueles dados básicos: seu nome (pode ser completo ou só o que você mais usa), idade e/ou data de nascimento (tem gente que prefere colocar os dois, tem gente que prefere um só), e meios de contato (e-mail e número de telefone são essenciais). Fotos suas não são necessárias, mas podem ser colocadas caso você prefira, para ajudar a empresa a ter uma melhor visão do seu perfil, ou caso seja pedido por alguma vaga.
Informações como o estado civil, endereço e links para itens como o seu portfólio, blog ou perfil no LinkedIn (e outras redes sociais) também podem ir nessa seção, mas são considerados relativamente opcionais, apesar de serem úteis na hora de dar uma visão mais aprofundada para o seu perfil, e podem te ajudar na hora de saber como montar um currículo atrativo para recrutadores.
O que colocar em: formação acadêmica e qualificações
O título dessa seção é relativamente auto explicativo: aqui você preenche com sua formação acadêmica e outras qualificações que você tenha, como cursos — sejam eles livres ou pagos, de longa ou curta duração, online ou presenciais.
Nome ou título do curso, instituição, período de duração e as datas de início e conclusão são dados essenciais, e geralmente essas formações são organizadas em ordem cronológica, com o mais antigo primeiro e os mais recentes depois, ou em ordem de relevância, com cursos mais longos e aprofundados primeiro e formações mais rápidas depois.
Já nas qualificações, você pode listar algumas das suas habilidades que foram desenvolvidas fora de cursos e ao longo da vida. Fala um segundo idioma por causa da sua família, ou aprendeu por curiosidade? Pode inserir aqui. Entende tudo de computadores só por “fuçar” bastante? Esse é o lugar. E não precisa nem detalhar muito: listar a habilidade e definir um nível do seu conhecimento já é o suficiente. “Inglês – Fluente, Espanhol – Básico” são alguns exemplos rápidos.
Para definir o que colocar em qualificações no currículo, é importante não esquecer da dica que já demos antes: simplicidade! Insira só o que você considera relevante para as vagas que está se candidatando, e que vão ajudar a transmitir para o recrutador as suas habilidades e competências mais importantes.
O que colocar em: experiências
Essa é, com certeza, uma das partes mais importantes e também desafiadoras na hora de fazer um currículo, principalmente para quem é jovem. Afinal, quem nunca se perguntou “como montar um currículo sem experiência?”, ou “o que colocar em experiência no currículo para primeiro emprego?”.
O que muita gente se esquece nessa hora, é que nem sempre o termo “experiências” se refere às experiências profissionais. Claro, elas também contam bastante nessa seção, mas não são as únicas coisas que podem ser definidas como relevantes. Se você nunca teve um emprego, mas já fez trabalho voluntário, ou participou da coordenação na realização de algum evento ou ação na sua escola, por exemplo, pode colocar aqui!
Qualquer coisa que demonstre um pouco da aplicação das suas habilidades e, principalmente, da sua responsabilidade já conta (e muito) nessa parte.
Nessa seção, a ordem cronológica geralmente é invertida, com as experiências mais recentes primeiro e as mais antigas por último, e também é legal adicionar uma descrição rápida das suas atividades, responsabilidades e resultados em cada uma das experiências.
O que colocar em: informações extras
Aqui vale (quase) tudo! Qualquer coisa que você acredita ser relevante para o seu futuro empregador que não se encaixou nas seções anteriores pode ser inserido aqui. Intercâmbios, prêmios, experiências diversas…
Essa seção não é obrigatória, e se você não tiver nada que considere importante o suficiente para inserir, pode deixar ela passar. Com certeza no futuro você terá várias oportunidades e experiências para preencher essa parte, e um currículo bom vai abrir as portas para esse futuro.
Finalizando e enviando
Já colocou tudo que achava importante? Então terminou!
… Só que não.
Uma das partes mais importantes na hora de finalizar o seu currículo é a revisão. Releia todos os itens para garantir que estão todos bem organizados, padronizados e, principalmente, sem erros gramaticais e ortográficos! Se precisar, vale pedir pra um amigo ou parente revisar também, só para garantir que você não deixou nadinha passar.
Com ele revisado e pronto, é hora de salvar. Independentemente do design do seu currículo ou do programa usado para fazer ele, um dos melhores formatos é o PDF: ele funciona em uma enorme maioria dos dispositivos atuais, e por ser um arquivo “fechado”, ou seja, que não permite edições, seu currículo não corre o risco de ser desconfigurado ou bagunçado por outros programas, como às vezes acontece em arquivos de formato aberto.
E agora sim, tá pronto o seu currículo!
Claro, existem várias outras seções que podem ser inseridas, dependendo das suas experiências ou do que cada vaga pede, mas ter um bom “esqueleto” sempre prontinho ali nos seus arquivos para mandar sempre que possível é essencial para qualquer jovem no mercado de trabalho, principalmente no início da carreira.
Agora que você já sabe como fazer um currículo e dar aquele primeiro passo na hora de conseguir o tão esperado “sim”, que tal conferir mais conteúdos no blog da Galena? E também estamos nas redes, é só seguir a gente no Facebook, Instagram, Twitter, LinkedIn, TikTok e YouTube para ver muito mais coisas legais!
